Autobiografia de um dos maiores artistas brasileiros??? Temos!
Em Gaveta dos Guardados, o artista Iberê Camargo escreve suas memórias de forma fragmentária, com lembranças do passado que vão e voltam. O livro não foi organizado por Iberê, mas por Augusto Massi.

No livro, existe uma mistura de lembranças da infância e juventude no Rio Grande do Sul, da vida adulta no Rio de Janeiro, das experiências como pintor, quem o ajudou no começo, dos mestres De Chirico e Guignard, os amigos artistas como Goeldi, o tempo que passou aprendendo na Europa, o episódio criminalístico que o marcou profundamente.

No texto final, Iberê Camargo tenta fazer algo mais cronológico, amarrando todos os outros textos anteriores.
“A obra só se completa e vive quando expressa. Nos meus quadros, o ontem se faz presente no agora. Lanço-me na pintura e na vida por inteiro, como um mergulhador na água. A arte é também história. E expressa a nossa humanidade. A arte é intemporal, embora guarde a fisionomia de cada época. Conheci em Paris um escultor brasileiro, bolsista, que não frequentava museus para não perder a personalidade, esquecendo que só se perde o que se tem.” Iberê Camargo

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