“Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É o que faz com que a vida pareça sempre um esquisso. Mas nem mesmo “esquisso” é a palavra certa, porque o esquisso é sempre o esboço de alguma coisa, a preparação de um quadro, enquanto que o esquisso que a nossa vida é, não é esquisso de nada, é um esboço sem quadro.”
Milan Kundera em A insustentável leveza do ser.
SINOPSE: Sobre este romance, Italo Calvino escreveu: “O peso da vida, para Kundera, está em toda forma de opressão. O romance nos mostra como, na vida, tudo aquilo que escolhemos e apreciamos pela leveza acaba bem cedo se revelando de um peso insustentável. Apenas, talvez, a vivacidade e a mobilidade da inteligência escapam à condenação – as qualidades de que se compõe o romance e que pertencem a um universo que não é mais aquele do viver” (Seis propostas para o próximo milênio). O livro, de 1982, tem quatro protagonistas: Tereza e Tomas, Sabina e Franz. Por força de suas escolhas ou por interferência do acaso, cada um deles experimenta, à sua maneira, o peso insustentável que baliza a vida, esse permanente exercício de reconhecer a opressão e de tentar amenizá-la.
Desejo a todos um ótimo ano novo… que possamos fazer dessa vida que é um esboço sem quadro o que mais desejamos.
#felizanonovo