A historiadora da arte Camille Paglia em seu livro Imagens Cintilantes reflete sobre a vertigem de imagens que temos acesso na contemporaneidade.
Você já parou pra pensar quantas imagens vê todos os dias? Quanto tempo reserva para cada uma delas?
Isso não é um julgamento, até porque eu mesma tenho pouca paciência no meu dia a dia para algumas imagens. Mas, e se a gente selecionar melhor aquilo que vê? Ou então, e se a gente dedicar mais tempo para observar aquilo que de fato importa?
Para Camille Paglia, uma solução é oferecer aos olhos uma oportunidade de percepção estável por meio da contemplação da arte.
SINOPSE: Camille Paglia dispensa apresentações. Uma das intelectuais mais controversas do nosso tempo, ela retorna agora ao tema com o qual ganhou notoriedade – as representações da arte na cultura ocidental e suas inevitáveis associações com política, sexo, religião e sociedade. Em elegante edição em capa dura e ricamente ilustrado, Imagens Cintilantes, seu sexto livro que ora chega ao leitor, não deixa, pois, de seguir os passos de seus anteriores. Fundamentando-se numa sólida teoria da estética e nos conduzindo a um passeio através de figuras inspiradoras – pinturas, esculturas, estilos arquitetônicos, performances e artes digitais que definiram e transformaram nossa realidade visual –, Paglia é capaz de aliar suas penetrantes análises a informações que situam cada artista e obra dentro de um contexto histórico e social – desde as representações egípcias e os ídolos de pedra das ilhas Cíclades até o cinema contemporâneo, passando por Ticiano, Bronzino, Van Dyck, Manet, Picasso, entre outros. O leitor é convidado a contemplar a obra, vê-la como um todo e, em seguida, examinar seus menores detalhes. Com energia, erudição e sagacidade, Imagens Cintilantes veio para mexer na forma como vemos e refletimos sobre o mar de imagens da vida moderna.
* Imagem: Detalhe da obra O mar de gelo, de Caspar Friedrich, do capítulo 15, Ruína Ártica.