Ilya Kabakov (1933-) é um artista de origem ucraniana na época em que a Ucrânia fazia parte da União Soviética[1]. Nasceu na cidade de Dnepropetrovsk, viveu por 30 anos em Moscou e com 54 anos de idade imigrou para os Estados Unidos, onde reside atualmente.
Ainda na União Soviética, estudou na VA Surikov Art Academy, em Moscou, e trabalhou por muitos anos como ilustrador de livros infantis, sendo artista oficial do governo soviético. Ao mesmo tempo, também fazia parte de um grupo de artistas fora do sistema oficial da arte soviética chamado de Moscow Conceptualism[2], um movimento que aconteceu por volta das décadas de 1960 e 1970 e que possuía um retorno ao realismo.
A partir de 1989, Ilya Kabakov passou a assinar todas as suas obras em colaboração com sua futura esposa, também ucraniana, Emilia Kabakov (1945-), que era sua prima distante. Seu nome de batismo era Emilia Lekach, deixou a União Soviética em 1973 como pianista profissional, antes de emigrar, estudou literatura e música na Universidade de Moscou. Morou em alguns países até se estabelecer também nos Estados Unidos, onde trabalhou como curadora e consultora de arte.
Ilya e Emilia Kabakov possuem uma extensa participação em exposições coletivas e individuais ao redor do mundo, que somadas, muitas vezes, ultrapassam uma dezena em um único ano.
[1] A União Soviética foi um estado socialista que reuniu várias repúblicas soviéticas entre os anos 1922 e 1991. Era liderada pelo Partido Comunista e sua capital foi Moscou. Sob o governo de Josef Stalin entre 1927 e 1953 imperou o estilo do realismo socialista, e outras formas de expressão foram duramente repreendidas. A partir da década de 1960 a censura começa a diminuir e experimentações vão sendo feitas como a do grupo não oficial de arte que Ilya Kabakov fazia parte.
[2] Termo cunhado pelo crítico Boris Groys.






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Tenho artigos publicados sobre os artistas, você pode conferir e baixar no site da Academia:
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